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Do Trânsito das Religiões à Religião Planetária

de Pedro Teixeira da Mota

em 22 Abr 2009

   Na já longa história da Humanidade tem-se acentuado nestes últimos tempos a crescente necessidade da passagem do exclusivismo e dogmatismo religioso, com todas as consequências separatistas, dualistas e violentas, para uma coexistência mais dialogante e harmoniosa entre os vários credos e culturas e para o reconhecimento dos princípios, seres e energias, quer individuais quer universais, que estão por detrás das diferentes crenças, dogmas, práticas e realizações dos diversos povos e grupos.

Agostinho da Silva, um elo

E talvez possamos apontar no Ocidente os humanistas dos sécs. XV e XVI como os precursores desta importante transformação ou transmutação e evocar os nomes de Pico della Mirandola (defendendo as suas 900 teses baseadas nas tradições caldaicas, gregas, árabes, cristãs, indianas), Erasmo de Roterdão (com uma vasta obra pacifista e desmistificadora de estultas aparências e superstições, bem como defensora da religião do espírito e da caridade), Thomas More (apresentando uma religião natural universal, na “Utopia”), ou ainda o francês Guillaume Budé com o seu Trânsito do Helenismo ao Cristianismo, que de certo modo serve de mote para este artigo escrito (primeiro como uma epístola dedicada a Agostinho da Silva e aos leitores da Nova Águia, no nº 3, e agora revisto a acrescentado para o Spiritus Site (www.fundacaomaitreya.com) para os que nos nossos dias sentem mais a necessidade da passagem da unilateralidade das religiões para a coexistência pacífica e dialogante no seio, ou sob as bênçãos, da magna religião perene do Espírito. Não é difícil descortinarmos alguns dos principais factores que contribuem para a crescente unificação espiritual, tal como as populações multi-religiosas, os casamentos entre pessoas de credos religiosos diversos, os frequentes encontros de diálogo ou oração juntando fiéis das diferentes tradições e finalmente os contributos da comparatividade religiosa, da psicologia transpessoal e de alguns seres mais carismáticos.

Um meio parece porém elevar-se sobre os demais na sua urgência e magnitude de alcance: a publicação de um ou mais manuais de ensino religioso, mostrando ou ensinando desde cedo como as realidades mais elevadas são as mesmas, ainda que abordadas ou denominadas diferentemente, e que os ritos, práticas ou experiências são também comuns e idênticos, diferenciando-se apenas nas formas e preceitos exteriores, pois as fundamentações são semelhantes quer de origem telúrica ou celestial, quer por razões corporais, anímicas ou espirituais.
É assim importante que cada vez mais qualquer pessoa que sinta vontade de participar num culto de qualquer uma das religiões possa fazê-lo sem receios ou repulsões, ao compreender o que se está a passar e ao ser compreendida e acolhida, participando assim consciente e gratamente nesse acto de elevação energética e invocação dos grandes valores, seres e níveis espirituais, ou sobretudo da Divindade, que é a Fonte de todos eles, certamente que em comunhão com os mestres fundadores e os seus discípulos, ou seja a Igreja ou assembleia enquanto corpo subtil que anima todos os que, no templo orientado ou na comunidade de partilha ou de adoração, se encontram.
Importante nesta participação será a pessoa sentir-se à vontade ou livre e universal na sua religiosidade ou espiritualidade, pois ainda que seja por nascimento, tradição ou opção membro de qualquer uma das religiões, ela não está fechada nas separatividades e exclusividades, antes comunga na Essência comum espiritual presente em todos os seres e que se torna mais sensível ou manifesta na experiência da oração, do culto, da paz, da luz, da palavra e portanto da comunhão com o já referido corpo místico já não só da Igreja particular mas da igreja ou congregação da humanidade constituído pelos profetas, santos, mestres ou guias, e todos os fiéis de amor ou menos amor…

Neste caminho ascensional da Humanidade, tal como o de Dante ao Paraíso, conduzido pela divina Sabedoria ou Beatriz, destacaram-se no séc. XX em Portugal algumas individualidades, como a de Agostinho da Silva, do qual iremos evocar alguns aspectos que poderão impulsionar-nos a compreender e participar mais luminosamente nesta passagem e desafio iniciático dos tempos.
   (... continua)  
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