Homepage
Spiritus Site
Início A Fundação Contactos Mapa do Site
Bem-vindo
   Missão
   Agenda
   Notícias
   Loja
   Directório
   Pesquisa
   Marco Histórico §
   Guia de Sânscrito
   NEW: English Texts
Religião e Filosofia
Saúde
Literatura Espiritual
Meditação
Arte
Vários temas
Mosteiro Budista
Dificuldades na leitura? Experimente a versão não acentuada.
pág. 3 de 5
Atitude magestosa de Jesus antes da crucificação

de Lubélia Travassos

em 17 Abr 2011

   Ainda que relutante e com receio de deixar Jesus sozinho com os inimigos, João apressou-se a ir a Betânia onde se encontrava reunida toda a família de Jesus, à espera na casa de Marta e Maria, as irmãs de Lázaro. Durante a manhã os mensageiros já tinham trazido notícias a respeito do progresso do julgamento de Jesus. Após João Zebedeu ter contado à família tudo o que se tinha passado, desde a sua prisão à meia-noite, Maria partiu, de imediato, com ele para ver o seu filho. Porém, na altura em que chegaram à cidade, Jesus já tinha chegado ao Gólgota acompanhado pelos soldados que iam crucificá-lo.

Assim que a audiência de Jesus perante Pilatos ficou terminada, na sexta-feira de manhã, cerca das oito e meia, sendo o Mestre entregue à custódia dos soldados romanos, o capitão dos guardas judeus marchou com os seus homens de regresso á sua sede no Templo. O sumo-sacerdote e os seus parceiros do sinédrio seguiram atrás dos guardas, directamente para o local usual de encontro na sala de pedra lavrada no Templo. Lá se encontravam muitos membros do sinédrio, que esperavam o resultado do que havia sido feito com Jesus. Enquanto Caifás estava ocupado em elaborar o seu relatório para o sinédrio sobre o julgamento e condenação de Jesus, Judas apareceu diante deles a reclamar a sua recompensa pelo papel que teve na prisão e sentença de morte do seu Mestre. No entanto, durante o julgamento de Jesus por Caifás, e na sua comparência perante Pilatos, Judas sentiu uma grande aflição e problemas de consciência pela sua conduta de traidor, e estava a começar a ficar desiludido com a recompensa que ia receber. Todos aqueles Judeus detestavam Judas, e olharam para o traidor com sentimentos de total desprezo, sendo que ele não gostou da frieza e indiferença das autoridades judias, mas mesmo assim esperava ser bem recompensado pela atitude covarde. Judas julgava que seria chamado perante a reunião do sinédrio e que ali ouviria elogios pelo grande serviço que se vangloriava ter prestado à nação. Mas, para grande surpresa do traidor egoísta, um servo do sumo sacerdote pediu-lhe que saísse da sala e disse-lhe que tinha sido indicado para lhe pagar a traição, entregando-lhe uma bolsa com trinta moedas de prata, preço que estava em vigor por um escravo bom e saudável. Judas sentiu-se aturdido, humilhado e oprimido, e queria entrar na sala para apelar ao sinédrio a ingratidão pela recompensa, mas foi logo barrado pelo porteiro. Saiu do Templo de imediato e começou a perambular por toda a cidade atrás da multidão que estava a caminho para presenciar as crucificações. Viu à distância que levantavam a cruz na qual Jesus estava pregado, e ao ver isso voltou a correr para o Templo, e forçando a sua passagem pelo porteiro entrou na sala do sinédrio, que ainda estava reunido. Quase sem respiração e muito perturbado, o traidor conseguiu balbuciar estas palavras: «Pequei porque trai sangue inocente. Fui insultado ao oferecerem-me dinheiro como recompensa pelo meu serviço, que é o preço de um escravo.

Arrependo-me de ter feito isso! Aqui está o vosso dinheiro. Quero livrar-me da culpa por ter cometido esse acto». Contudo, os dirigentes Judeus ao o ouvirem escarneceram dele e pediram para que saísse da sala, dizendo: «O teu Mestre já foi executado pelos Romanos, e quanto à tua culpa, o que é isso para nós? Cuida tu dela e fora daqui!» Judas deixou o Templo fora de si e jogou as trinta moedas pelo soalho, e começou, então, a viver a experiência do entendimento da verdadeira natureza do pecado. Todo o encanto, fascínio e embriaguez da má acção se tinham desvanecido, encontrava-se agora só e frente a frente com o veredicto do julgamento da sua alma desiludida. Esse que fora o embaixador do Reino do Céu na Terra caminhava pelas ruas de Jerusalém, só e abandonado. Com desespero irremediável e absoluto, continuou pela cidade e foi para fora dos seus muros, até à solidão terrível do vale do Hinom, subindo as rochas escarpadas. Lá, tirou o cinturão do manto, atou uma das extremidades a uma árvore pequena e a outra à volta do pescoço e atirou-se para o precipício.
   (... continua)  
topo
questões ao autor sugerir imprimir pesquisa
 
 
Flor de Lótus
Copyright © 2004-2024, Fundação Maitreya ® Todos os direitos reservados.
Consulte os Termos de Utilização do Spiritus Site ®