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O Ano do Dragão

de Pedro Teixeira da Mota

em 24 Jan 2012

   Há também alguns santuários famosos consagrados ao dragão, como o de Itsukushima….

Também nas práticas alquímicas interiores da circulação da energia, pela respiração e visualização, o dragão representa a energia vital masculina e que equilibrada com a feminina faz brotar o ser sublimado, ou a pérola-elixir da imortalidade….

Já no Cristianismo foi sobretudo símbolo do mal, do diabo, do pecado, do egoísmo, conforme a lição do Apocalipse, com o arcanjo S. Miguel a vencer Lúcifer, sendo uma das fontes maiores da simbologia da arte Românica. Mas se na tradição Ocidental o herói tem de vencer o dragão, nem sempre isso implica a sua morte pois pode ser o seu amestramento ou dominação. Assim na iconografia cristã vemos S. Jorge (e que foi padroeiro de Portugal e ainda está cultuado no castelo de S. Jorge, em Lisboa...) a vencer e a controlar o dragão, o qual significa o inconsciente, a energia em bruto ou natural do ser humano, as pulsões instintivas que ameaçam devorar a alma passiva ou inocente, representada como uma donzela a ser atacada, conforme as belas imagens que tantos grandes pintores nos deixaram.

Nas igrejas românicas e góticas teremos de sentir bem a mensagem que o artista quis deixar no contexto da obra. Para podermos acertar na interpretação de um símbolo que nas suas dimensões positivas é de grande dinamismo, força, vigilância, poder alado, e que ora pode ser um aviso contra os vícios e defeitos, simbolizando então o mal, ora um sinal estimulante da elevação do ser humano, representando as energias e correntes subtis da natureza e do inconsciente da nossa psique que podem ser activadas, ordenadas, elevadas, de modos criativos e fulgurantes…

No convento de Tomar, no mosteiro dos Jerónimos em Belém e em muitos outros monumentos de arte românica e gótica, surge esculpido na base de colunas, e da sua boca brotam as plantas, os animais, o homem.
Como já no Salmo CXLVIII do Antigo Testamento se cantava:”Louvai o Senhor, dragões da terra, e todas as profundezas da terra.” E em verdade toda a natureza é uma constante metamorfose do caos e potência da Shakti profunda, da matéria-energia original, movida pelo sopro do Espírito, do Logos, dos construtores e da vontade sábia e amorosa.

Saibamos então cultuar as melhores potencialidades da energia do Dragão e do seu ano, pelas nossas acções e meditações, palavras e intenções, ou a imaginação e a determinação, tanto de expulsar o que está mal como o de trazer ao de cima e manifestar criativamente a verdade, a beleza e a harmonia fraterna e espiritual entre os seres…

Consigamos, como nos mostra a imagem algo enublada tirada do pórtico poente dos Jerónimos, em Belém, erguer, afirmar e preservar com coragem a taça plena do coração ou do cimo da cabeça..., ou do Graal do Bem Comum e do Divino entre os seres humanos! Om Ryu...
     
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