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Eterno aprender - 1ª Parte

de Maria

em 19 Abr 2014

   A aprendizagem quando feita, mesmo em idade adulta, desenvolve um maior número de conexões inter – neuronais. O cérebro do ser humano tem a capacidade para aprimorar-se e obter mais inteligência com exercícios de aprendizagem e de atenção, e até para melhorar certas áreas mais debilitadas cerebralmente. Ou seja, quando alguém sente que não tem capacidade para gerir determinada função deve exercitar a mente através de uma disciplina mental, concentração e meditação que ao fim de algum tempo o cérebro ajusta e melhora as suas próprias funções. O nosso mapa cerebral muda de acordo com a aplicação que lhe damos durante a nossa vida.

Assim, quando treinamos alguma actividade, seja tocar piano, escrever num teclado ou alguma outra tarefa que absorva a atenção, usamos em conjunto várias áreas do cérebro, até que ao tornar-se mais hábil em tal tarefa, essas áreas que queremos mais fortes, ficam mais aplicadas e restritas (concentradas) no cérebro. Devido ao exercício os neurónios conectam-se entre si (realizam mais ligações entre eles) e, ao centrarem-se na requerida actividade de forma adequada, realizam melhor essa tarefa. Os neurónios ficam então, focados numa certa área para uma tarefa específica.

Também se passa o mesmo com a prática da meditação, que pelo hábito de concentração, desenvolve determinadas áreas cerebrais que vão criar impulsos a outras áreas do cérebro. Ele fica cada vez mais concentrado, elaborado e saudável produzindo a um ritmo natural as substâncias (aminoácidos) nas suas ligações neuronais (neurotransmissores) resultando em maior clareza mental, serenidade e satisfação interna. Todo este processamento físico e mental é a base de todo o progresso espiritual que alimenta a Alma. A meditação ajuda o cérebro e a mente a funcionarem de forma equilibrada e habilita a maior eficiência e refinamento no desempenho diário. A meditação apura os nossos sentidos e percepções e exercita nossas capacidades mentais e espirituais.

Paradoxalmente, quando o cérebro silencia é que damos a oportunidade dele se regenerar, porque pode trabalhar ao seu ritmo natural. Enquanto a regeneração varre o cérebro pode desconectar neurónios (apagar memórias inúteis), que são também processos químicos, tão importantes quanto o aprender, já que cria novos espaços para novas lembranças nos circuitos cerebrais. Numa linguagem mais espiritual e dentro dos sistemas doutrinais que relevam a prática da concentração para melhor dominar a mente e levá-la a maior purificação, chama-se desapego. Ou seja, o desapego constitui a renúncia ao inútil e contribui para apagar memórias emocionais que afligem a mente e, possibilita criar “espaços” a nova dimensão de pensar e de agir. Isto é desapego e sublimação.

A sublimação acontece pelo ganho de novos valores que um caminho espiritual oferece, mais elevados, pois transcende o pensamento comum ou mesmo vivência normal, para conhecer e realizar compreensões novas e mais profundas de entendimento acerca de si e dos outros e, sobretudo, o que contribui para maior sublimação é a aspiração ao Divino.

O desapego é então, a libertação das aflições emocionais e frustrações que se fixam na mente. Através da prática da meditação vai-se desenvolvendo o auto conhecimento que confere maior consciência desses obstáculos, o qual nos indica o que devemos superar e transmutar. Eliminar o inútil (memórias) para abarcar novos horizontes mentais, eis a plasticidade cerebral que o caminho espiritual oferece. Pois se a ciência encontra novas formas de modelar o cérebro com exercícios e programas culturais, não fornece, no entanto, horizontes mais elevados para se desenvolver a mente, não avançando mais além do que melhorar o cérebro para uma vida comum de sobrevivência. Não há transcendência…

Aqueles que foram considerados a vanguarda da humanidade, os místicos e os filósofos humanistas e espiritualistas, levaram os seus cérebros à evolução mais do que o comum das pessoas pela aspiração e sublimação para chegar ao Divino. O que a ciência hoje descobre, de que se pode modelar o cérebro exercitando-o com acções e pensamentos correctos, vem de facto, de tempos imemoriais com a religiosidade e espiritualidade, bases onde assenta a verdadeira evolução da humanidade. Encontram-se essas formas de evolução mais consciente em sistemas bem elaborados, tais como o Yoga de Patañjali, o Advaita Vedānta de Śankara e o Budismo de Siddhārtha Gautama.

A ciência da neuroplasticidade conclui que o exercício físico deve estar a par do aprendizado.
   (... continua)  
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