Fundação Maitreya
 
Paciência

de Maria Ferreira da Silva

em 13 Jan 2022

  Para todos a saudação para um Novo Ano! Que seja próspero sob muitos aspectos, mas essencialmente aos níveis da saúde e da realização espiritual. Que todos os sonhos se concretizem. Estes são os votos que faríamos em tempos normais, mas estas perspectivas não serão futuramente assim tão certas, perante tanta imprevisibilidade, à mercê de constantes variantes do vírus, Covid-19, e que se arrasta, quase por dois anos.



Talvez a situação não seja tão expectante quanto o ano passado, onde havia a esperança, provavelmente exagerada, numa salvadora vacina e que todos credulamente acreditaram que acabava com a dita pandemia. Mas, será que pela quarta, pela quinta ou sexta dose da vacina o vírus, se aquieta, reduzindo-se à sua insignificância, deixando em paz a pobre humanidade? O que falha? Talvez discernimento e inteligência, a todos nós que fazemos parte de uma humanidade ainda pouco evoluída humana e espiritualmente, para sabermos porque e como esta “praga” acontece.

A inteligência depende, naturalmente, da capacidade dos mecanismos cognitivos estabeleceram novas ligações neuronais impulsionadas por desafios e pensamentos elevados que desencadeiam clareza mental. Contudo, só uma evolução consciente, aperfeiçoada no bem é que desenvolve pensamentos altruístas e desapegados de poder pessoal. É, na realidade, a evolução de consciência espiritual que desencadeia mais inteligência; ou os níveis de consciência-inteligência derivam dessa evolução espiritual e, isso, constitui uma luz mental. Como a massa humana vive num status de consciência global, submersa numa mentalidade colectiva, todos seguem o mesmo pensamento e, assim, irracionalmente, todos vão aceitando as restrições à liberdade convencidos de um bem comum de salvação.

Na verdade, a maioria da humanidade ainda não atingiu o estado de isenção de egoísmo e o que move a maior parte dos que têm autoridade, seja político, científico ou financeiro, é também grande gosto pelo dinheiro e pelo poder. Aliás, o dinheiro dá poder!

Ao longo do Ano 2021, a humanidade foi de algum modo manipulada mentalmente, por estas poderosas autoridades que controlaram e reprimiram liberdades em nome da saúde, aproveitando-se das circunstâncias e de pessoas indefesas que acreditaram piamente neles. Sim, têm poder para controlar a humanidade, mas infelizmente pela ignorância.

Desde o início desta pandemia que nos apercebemos da incapacidade de Estados, seja na Europa, seja no resto do mundo, de enfrentar com resposta rápida e eficaz o combate ao vírus, porque os sistemas de saúde nunca foram prioridade de qualquer nação, seja rica ou pobre. Os estados mais ricos gastam mais verbas em sistemas de defesa bélica, em propaganda eleitoral e em esquemas supérfluos do que nos sistemas de saúde e educação. Depois só resta acatar as regras impostas, numa coerção à liberdade individual.

Falta, de facto, o equilíbrio entre a inteligência, ou razão e o querer pessoal que tem governado esta pandemia, como se não houvesse mais nada para além do vírus, nas nossas vidas. As promessas do ano anterior estão ultrapassadas pelas evidências e pela cumplicidade entre a ciência e a política, que neste caso, impõe regras cada vez mais restritivas para dar a ideia de que o fazem para bem dos portugueses, agora que se aproximam eleições. Acredito, que muitos não mentem deliberadamente, mas contornam situações para compensar a ignorância, onde não sabem de facto, acudir a situações inesperadas.

Resta, como sempre a esperança pautada pela paciência que eternamente nos acena com uma melhoria a longo prazo, porque não há solução no agora. Agora, a busca da força interior, resiliência e ligação superior de Consciência é o suporte para, ousadamente, nos mantermos saudáveis mais um ano, tendo atenção também às regras sanitárias, que são fundamentais na responsabilidade pessoal. Atrevo-me a desejar, mesmo assim um Bom Ano 2022, porque acredito na capacidade humana e espiritual de todos nós, portugueses e, ainda que o Bem sobrevirá.
Feliz Ano!
   


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