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C. Jinarajadasa- A Alegria do Regresso
de Maria Manuel Duarte em 27 Dez 2022 ![]() A adoração de Deus com o seu mais ardente entusiasmo, torna-se, então, no próprio êxtase de Deus, voltando a Si… E todas as suas oferendas de amor e devoção para homem como homem, ou para homem como Deus, tornam-se desde então, para ela, correntes de alegria que a levam cada vez mais para diante – não correntes suas, mas sim as de ISSO que brota de cada átomo do seu ser. Quão agradável é, então, perder por completo a Individualidade, para conhecer somente a alegria das correntes que fluem para cima, e nunca mais, uma vez sequer, ter o pensamento do EU. Quando a alma chega à destruição do EU, começa então, uma sinfonia maravilhosa, porque desse momento em diante todas as forças do Universo, que uma vez imanaram de ISSO, começaram, uma por uma, a voltar à sua origem a ISSO – através da alma. Este mistério do regresso reside em todas as coisas; o mineral, que está no vértice do arco descendente da Vida, pensa na alegria do regresso: cada haste, cada folha, cada ave, todo o animal, ainda que obscuramente, suspira pelo Regresso. O Universo que provém de ISSO, tem sempre em si uma força impulsiva, um poder que o transforma continuamente para melhor, na ânsia resoluta de voltar a ISSO donde saiu. Todos os reinos da Natureza sentem esse anseio, posto que as forças da vida, em cada reino, se achem presas, confinadas, limitadas e devam esperar pacientemente o dia em que comece o caminho do regresso Quando a alma envereda por esse caminho, todas as coisas sentem igualmente o começo do seu regresso. As Cordilheiras segredam: “ Irmão, leva-nos contigo;” as nuvens fixando-a dizem-lhe: “Transportanos contigo”; os animais na sua mudez, os pecadores entre os homens, todas as almas exasperadas, sentem na sua presença, a alegria do regresso, e de momento, um alívio às suas misérias, um conforto, para uma nova força em esperar e sonhar. Então as afrontas do mundo já não têm significado; os pés magoados e sangrando, já nada importam; as angustias e os desesperos de quando a alma caía, temporariamente, no Eu e na Personalidade, já não ofuscam as reminiscências da vida, uma vez liberada dos elos desse Eu – Tudo se funde, então, num único significado, - O REGRESSO A ISSO – TODAS AS ACÇÕES SE FUNDEM NUMA SÓ. CONTEMPLAR SEMPRE E SEMPRE ESSA LUZ ATÉ QUE OS OLHOS CEGUEM, E O RISO, O AMOR, A ALEGRIA, O LOUVOR, E A GLÓRIA CONTINUEM A VIVER NESSA CEGUEIRA. C. JINARAJADASA “O Amor é a minha Religião”. RUMI Magazine Teosófico nº 16, Dezembro 2022 ![]() |
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