Fundação Maitreya
 
Os Condimentos e as Especiarias

de Ana Sofia de Carvalho

em 15 Mar 2007

  Do ponto de vista nutritivo, a maior parte dos condimentos só contem uma pequena quantidade de fibra e sais minerais. O seu principal valor reside nas suas possíveis propriedades medicinais.
No entanto podemos distinguir entre dois tipos de condimentos: -os saudáveis, que além de intensificarem o sabor dos alimentos, conferem-lhes também propriedades dietéticas ou medicinais, melhorando assim o respectivo valor nutritivo.


Propriedades Medicinais

Temos, entre os mais usados: limão, sal e as ervas aromáticas.
- As Especiarias, que são as partes secas de algumas plantas, geralmente tropicais, de sabor intenso e picante.
Pode dizer-se que as Especiarias e certos tipos de condimentos oferecem mais inconvenientes do que vantagens.
O Vinagre, por exemplo, ao contrário do que muitos pensam, não é um condimento saudável, visto que os sumos de uva e maçã quando fermentam e se transformam em vinho e sidra, perdem a maior parte das suas propriedades nutritivas e terapêuticas, mas quando se transformam em vinagre maior ainda é a perda. Além de não ser favorável
à saúde dos rins, quando o vinagre passa para o sangue destrói os glóbulos vermelhos causando anemia por hemólise, causa erosão no esmalte dentário e não é também favorável à saúde do estômago, assim sendo sabe-se que poderá ser substituído por limão que é bastante saudável ajudando à alcalinização do sangue e tecidos, além de ser um anti-séptico natural e ajudar na eliminação (tal como a lima) dos bacilos da cólera e outros que possam contaminar as verduras cruas das saladas.

Naturalmente, os condimentos em geral aumentam o sabor dos alimentos e por conseguinte favorecem o desejo de comer, estimulando assim o apetite.
Fazem também aumentar as secreções digestivas, desde a saliva, ao suco pancreático e intestinal o que é favorável para a digestão, mas no caso das especiarias e do álcool observa-se que estes produzem uma irritação ou inflamação na mucosa do estômago.
No geral todas ajudam a reduzir a flatulência (gases que se acumulam nos intestinos) e favorecem a conservação dos alimentos.
No entanto verificou-se que o consumo de certas especiarias está relacionado com o cancro do esófago. Segundo estudos o pimentão picante é cancerígeno e provoca certas reacções alérgicas. O seu consumo habitual produz um efeito semelhante ao que acontece com as drogas, conhecido como TOLERÂNCIA: É preciso aumentar a dose para obter a mesma sensação. O sentido do gosto habitua-se às especiarias, pelo que os alimentos no seu estado natural se tornam insípidos.

Sabe-se que ocultam a deterioração dos alimentos, especialmente a carne e o peixe e fazem aumentar a ingestão de líquidos com a refeição, o que entorpece a digestão.
É importante ter em conta o uso moderado das especiarias e certos condimentos como o vinagre, o alho, a cebola e o sal, não apenas por uma questão de saúde mas principalmente para aqueles que pretendem fazer um trabalho de meditação e aprofundamento interior, pois todos são alimentos excitantes da mente e emoções.
Alguns como o alho e a cebola, têm propriedades terapêuticas mas o seu uso pode ser dispensável e até substituído por outros alimentos com semelhantes propriedades.
O Sal é mais que um simples condimento que melhora o sabor dos alimentos; e também é mais que um aditivo que evita a sua decomposição; é antes de tudo a melhor fonte dietética de dois elementos imprescindíveis para o funcionamento do nosso organismo: sódio e cloro.
O Sal comum é composto principalmente por cloreto de sódio, com 60% de cloro e 40% de sódio e cada um destes elementos desempenha funções diferentes.

- O Cloro é utilizado pelo nosso organismo para formar o ácido clorídrico que o estômago segrega. Além disso faz parte do sangue e dos líquidos orgânicos.
- O Sódio é muito importante no sangue e no líquido intracelular que banha as células de todo o nosso organismo. Tem a propriedade de reter a água. A maior parte dos efeitos do Sal, tanto benéficos como nocivos, devem-se a este metal.
O excesso de Sal na dieta é nocivo precisamente devido ao sódio que contém, pois sendo em excesso vai produzir um aumento da pressão arterial entre que, pelos estudos já efectuados se verifica que o seu consumo abusivo não só causa habituação como também é responsável por certas doenças cardiovasculares, de estômago (irritação e inflamação da mucosa), cancro do estômago, asma, cirrose hepática, cálculos renais e a perda de cálcio pela urina favorecendo a osteoporose.

O Sal transforma-se num veneno para o organismo quando este perde a capacidade de eliminar o excesso do sal pela urina e o Sódio fica retido nos tecidos. As necessidades de Sódio diárias ficam perfeitamente supridas pela quantidade contida nos alimentos em seu estado natural, assim pode observar-se como o consumo de Sal pode e deve ser realmente moderado.
Existem alternativas mais saudáveis ao uso do Sal refinado que é o comummente utilizado e que é o menos saudável pois dele foram eliminados sais de magnésio e cálcio com a refinação, sendo-lhe acrescentados aditivos para conseguir que se mantenha solto e seco: Temos então o Sal marinho (ou Sal integral) que contem o cálcio, o magnésio e o potássio que compensam parcialmente o excesso de sódio e também o iodo. O Sal de ervas aromáticas e outros Sais (cloreto e iodeto de potássio), tamari e molho de soja, mas qualquer deles deve ser usado com a devida atenção e ponderação.
   


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