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O Amor Incondicional
de Ramiro Calle em 05 Mai 2012 ![]() _ Amanhã vamos fazer uma excursão. Mas antes de me virem buscar, passem por uma florista e tragam uma rosa. Os discípulos assim fizeram e foram buscar o mestre depois de adquirirem a rosa. Empreenderam todos, uma boa caminhada até chegarem a uma zona desértica. O mentor pediu-lhes: _ Fixem a rosa na areia pelo pé. Surpreendidos, os discípulos assim fizeram. Então, o mentor perguntou-lhes: _ Digam-me, meus amigos, a rosa continuará a exalar o seu perfume mesmo que nos retiremos e não haja ninguém para o cheirar? _ Claro que sim, mestre – retorquiram os discípulos em uníssono. _ Outra pergunta: mesmo que não haja ninguém para a contemplar, a rosa continuará a exibir toda a sua formosura? _ Naturalmente, mestre, continuará a fazê-lo. E o preceptor disse: _ Pois é assim o verdadeiro amor, o amor incondicional: Exala-se mesmo que não haja ninguém para o receber, inclusive quando ninguém o quiser receber. O sol expande os seus raios de luz e não se preocupa com quem os queira ou não receber, nem deixa de o fazer, mesmo que não haja ninguém para os captar. A verdadeira atitude amorosa é como um perfume que se expande em todas as direcções e que não está tão condicionada ao ego, nem portanto ao egoísmo ou à selecção caprichosa. É o amor sem condições e que não conhece posse, manipulação, servidão, domínio ou abjecção; é o amor que se abre e flui, isento do feroz egocentrismo que impera em muitas das supostas manifestações amorosas. Esse amor é simplesmente amor, pois como dizia Rumí, quando escrevia a palavra amor partia-se o bico do lápis, simplesmente porque não é possível encerrá-lo numa ideia, num conceito, numa palavra. É tão grande! O Livro do Amor Os melhores Contos Orientais ![]() |
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