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Um Retiro Real
de Christian Belger em 22 Abr 2014 ![]() Gwalior está espalhada ao redor de uma colina de rocha de arenito, coroada por uma impressionante fortaleza, que o primeiro imperador mogol, Babur, chamou de “a pérola no colar de fortificações de Hindu”. É constituída por três áreas principais: Lashkar, a parte comercial; Morar, o mercado rural para os agricultores e moradores das vilas circundantes, e antiga Gwalior, onde se encontra a rica história desta cidade tão interessante. Os primeiros vestígios de habitação humana nesta área remontam à Idade da Pedra Média, cerca de 20.000 anos atrás, e há pinturas rupestres que prestam testemunha do alvorecer da humanidade no sub-continente indiano. No Mahabharata, Gwalior é mencionado como Gopalkaksh, onde Bhima ganhou vitória. A história registada de Gwalior começa cerca de 2.000anos atrás, quando os governantes Nagvanshi construíram aqui a sua dinastia. O início do lendário forte reside no século V, durante o governo de um Kachhwaha Rajput, Suraj Sen. Nos mil anos seguintes, o forte e a cidade cresceram, foram conquistados, destruídos e reconstruídos. O sultanato de Dheli e a Dinastia Slave também governaram este forte. Após a primeira batalha de Panipat, em 1526, o império mogol, sob o governo de Babur, assumiu o controlo do forte. Um viajante italiano, Nicolao Manuci, que visitou o forte em 1655, escreveu no seu livro “A Pepys of Mogul India”. “Há apenas um único caminho a seguir, e existem muitas portas para barrar o caminho, cada uma com a sua guarda e sentinelas. O resto é um morro de rochedo perpendicular como uma parede, embora feito pela natureza. Ao redor desta montanha são vistas muitas varandas, lanternas e salas em diferentes estilos de arquitectura, com esculturas hindus – tudo isso tornando a vista uma das mais agradáveis e prazerosas para o visitante. A terceira batalha de Panipat (1761) trouxe outra mudança para Gawlior – um governante de origem jat, Lokendra, assumiu a área. Mas quatro anos depois, um hábil chefe de origem maratha, Mahadji Scindia, derrotou-o. Os descendentes de Scindia ainda pe Apesar da riqueza exibida no palácio, o marco histórico da cidade é sem dúvida o Forte Gwalior. Visível de longe e tem vista para a cidade moderna. Sua área tem cerca de três quilómetros de comprimento e se estende, na sua maior parte, de leste a oeste por cerca de um quilómetro. Entrando na fortaleza de carro, depois de passar o portão Urvai, pode-se ver impressionantes estátuas de Tirthanlkaras jainas esculpidas na rocha. No forte, pode-se maravilhar com os templos Saas-Bahu, do século IX, dedicado ao Senhor Vishnu e Shiva, agrupados no penhasco sul do planalto. Em Hindi, saas significa sogra, e bahu significa nora. Mas, na verdade, Shashtrabaahu é outro nome para o Senhor Vishnu, então a origem do nome está mais nessa direcção. Perto do templo, encontra-se a setenta metros de altura, Teli Ka Mandir. Construído no século II, o templo é uma mistura de estilos de arquitectura indo-arianos e dravidianos. Outro edifício fascinante é o Palácio Man Mandir, construído entre 1486 e 1517 por Raja Man Sing, da dinastia de Tomar. Este palácio foi onde o imperador mogol Aurangzeb prendeu e executou o seu irmão poeta-filósofo Dara Shikoh. Na verdade, é preciso mais tempo do que um dia para explorar Gwalior. Mas cada minuto gasto aqui é um mergulho na história e nobreza. Cortesia da Revista India Perspectives ![]() |
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