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Mosteiro Budista
As viagens, quando empreendidas com o sentido de peregrinação contribuem para a elevação de Consciência, e o seu efeito espiritual começa, a partir dos primeiros passos, até ao local, ao objectivo.

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Hajo

de Nilakshi

em 03 Set 2009

  No estado de Assam, portão para o nordeste da Índia, há um local de peregrinação venerado tanto pelos hindus como pelos muçulmanos e budistas. Hajo, aninhado ao norte da margem do Rio Bramaputra e a 28k de Guwahati, capital comercial de Assam é uma vila diferente: foi governada, desde há muito tempo na história até ao final da era medieval por diferentes reis. Reinaram três nobres e poderosos reis no Assam medieval – os Kochs, Moguls e Ahoms. Presentemente, ainda não foi afectada pelo mundo moderno.


Um local de peregrinação secular em Assam

A estrada de Guwahati até Hajo está cheia de buracos mas a paisagem nos arredores com gado pastando na relva densamente verde das planícies ondulantes, fazem esquecer os buracos das estradas. O Bramaputra visto da ponte de Saraitghat é uma vista espectacular da natureza. Nós passámos pelas vilas habitadas por hindus e muçulmanos. O sentimento de alegria que penetra dentro do coração nesse “buraco sonolento” do vale do Bramaputra é sentido de forma sublime como algo sereno e calmo que nos envolve à medida que nos vamos dirigindo nesse antigo povoado. Nessa região do estado, a cultura de vegetais tem preferência em relação à cultura do arroz.

No topo do Monte Garurachala encontra-se o local de peregrinação dos muçulmanos conhecido por Poa Meca. Hajo serviu de acampamento dos muçulmanos durante as invasões no Assam. Acredita-se que Pir Ghiasuddin Aulia trouxe uma mão cheia de terra de Meca e a colocou dentro de um santuário e onde uma mesquita foi construída. Dizem que a mesquita foi construída por Niamatulla e Lutfulla, em 1657, durante o reinado do Imperador Shah (§) Jahan. Em frente da mesquita encontra-se o túmulo que diz ter pertencido a Aulia. Os muçulmanos piedosos são da opinião que Poa Meca abençoa o peregrino com um quarto de piedade que pode ser alcançado com uma peregrinação a Meca.

Os budistas do Butão (vizinho) acreditam que o mahmun (o grande sábio) Buddha (§) obteve o sarinirvāṇa (salvação) neste local. Embora haja opiniões em conflito quanto à visita do Buddha ao Assam, todos porém, acreditam que Hajo pode ter sido o último lugar de descanso de Padma Sambhava (§), que dizem que converteu o Grande Tibete ao Budismo. Como se considera que todo aquele que alcançou a salvação atingiu o estado de Buddha no Tibete, assim o Padma é considerado como incarnação do Buddha.

Os hindus adoram o Avatāra de Viṣṇu como Hayagriva (Viṣṇu com cabeça de cavalo) no Hayagriva Mahdav Mandir. Nós vemos que o Hayagriva é mencionado no Mahābhārata, Matsya Skanda e Devi Bhagawata Purānas. O templo de Hayagriva encontra-se no topo do monte Manikuta e é um dos centros de peregrinação Vaisnava mais populares de Assam. O templo foi destruído por Kala Phar, General de Sulaiman Kararani, que governou Bengala de 1563 a 1572. O rei Koch de Assam Raghu Deb, filho do herói lendário Chilarai e sobrinho do rei Narayan de Kochbehar que estabeleceu o reino de Koch onde Hajo era a capital durante o século VI, reconstruiu o templo em 1583 dC. De acordo com a história de Assam escrita por Gait, uma inscrição no interior do templo declara que Sudhar, artesão mais especializado e eficiente foi o seu construtor.

Embora o templo tenha sido restaurado mais tarde, ele ainda possui esculturas e características do século VIII e IX dC. Há figuras que representam os dez avatares (incarnações) de Viṣṇu, em que Buddha é o nono, nas paredes superiores da parte externa do templo. O templo testemunha os valores estéticos de um povo que pertencia a uma época que passou. Há um lago em baixo do templo onde existem tartarugas gigantes. O lago Apurnabha tem uma lenda interessante. Dizem que quem tomar banho nesse local estará livre do ciclo do renascimento. Na realidade é menos arriscado lavar a cara e os pés, pois as tartarugas gigantes estão por vezes, de mau humor.

Crianças vendem pequenos pacotes de bolachas para alimentar as tartarugas e os peixes no lago. Sentados na escadaria que conduz ao lago, pode-se contemplar com calma, durante horas, a abundância que a natureza ofereceu à humanidade. Abaixo dos templos há vendedores ambulantes vendendo bugigangas coloridas e lembranças com figuras dos deuses dos templos, lamparinas e utensílios feitos de metal, localmente usados.
Há uma escadaria feita de pedra que conduz ao templo principal. O templo principal foi feito de pedra e tem cerca de 30 pés de diâmetro e um tecto na forma de uma pirâmide.
  (... continua) 
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