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Plena Atenção - 1º Parte

de Ajahn Sumedho

em 03 Jan 2011

  (...anterior) Trata-se de uma prática gentil de pacientemente impor “Buddho” sobre o pensamento, não por exasperação, mas de uma forma firme e deliberada.

O mundo precisa de aprender a fazer isto, não é? Os Estados Unidos e a União Soviética poderiam fazê-lo ao invés de agarrarem em metralhadoras e armas nucleares e aniquilarem coisas que se lhes intrometem no caminho, ou dizerem coisas horríveis e ofensivas uns aos outros. Até nas nossas vidas nós fazemos isso, não fazemos? Quantos de vocês disseram coisas desagradáveis a alguém recentemente, coisas que magoam, criticismo descortês e ofensivo, simplesmente porque a outra pessoa vos irrita, empata ou assusta? Pratiquemos então com as pequenas irritantes e desagradáveis coisas que

*Nibbāna: Paz através do desapego, também se pode escrever “Nirvāna”.
estão na nossa mente, coisas que são tolas e estúpidas. Usemos “Buddho” não como um cassetete mas como um meio inteligente de permitir que esses pensamentos sigam o seu rumo; como um meio para os largarmos. Agora, durante os próximos quinze minutos, voltem aos vossos narizes, com o mantra “Buddho”. Vejam como usá-lo e trabalhar com ele.

*Mantra: palavra de relevância religiosa. A repetição de mantras pode ser utilizada como objecto de meditação.

Esforço e Relaxamento

Esforço é simplesmente fazer aquilo que temos que fazer. Varia de acordo com as características e hábitos de cada um. Algumas pessoas têm muita energia – tanta que estão sempre a mexer, à procura de coisas para fazer. Vemo-las o tempo todo a tentar encontrar coisas para fazer, colocando tudo no exterior. Na meditação não estamos à procura de algo para fazer como um escape, mas estamos a desenvolver um tipo de esforço interno. Observamos a mente e concentramo-nos no assunto.
Se fizerem demasiado esforço, apenas ficarão agitados e se não puserem esforço suficiente ficam entorpecidos e o corpo amolece. O nosso corpo é algo muito bom para ter em atenção no que diz respeito ao esforço: colocar o corpo direito, alinhá-lo, pôr o peito para fora, manter a coluna vertebral direita, tudo isto requer muita força de vontade. Se estiverem demasiado moles irão simplesmente encontrar a postura mais fácil – a força da gravidade puxa-vos para baixo. Quando está frio têm de puxar a energia para cima através da coluna de maneira a aquecerem o vosso corpo ao invés de se enfiarem debaixo de cobertores.

Com ānāpānasati, a “plena atenção da respiração”, concentram-se no ritmo. Considero isso muito útil para aprender a acalmar em vez de fazer tudo rapidamente – tal como pensar; estão-se a concentrar num ritmo que é muito mais lento que os vossos pensamentos. Mas ānāpānasati requer que abrandem pois tem um ritmo bastante brando que faz com que tal aconteça. Paramos de pensar. Estamos contentes com uma inalação, uma exalação … temos todo o tempo do mundo, só para estar com uma inalação, desde o princípio ao fim.
Se estiverem a tentar alcançar samādhi através de ānāpānasati, então já estabeleceram um objectivo para vós próprios – estão a fazê-lo de forma a obterem algo para vós e, então, ānāpānasati torna-se uma experiência muito frustrante e ficam zangados com isso. Será que podem estar somente com uma inalação? Estar satisfeitos com uma simples exalação? Estar satisfeitos apenas com o breve espaço de tempo que têm para se acalmarem?

Quando pretendem alcançar jhānas (absorções) a partir desta meditação e realmente colocam bastante esforço nisso, não acalmam. Estão a tentar obter algo disso, a tentar alcançar ou conquistar ao invés de humildemente ficarem satisfeitos com uma respiração. O sucesso de ānāpānasati é simplesmente esse – plena atenção durante uma inalação, durante o período de tempo de uma inalação. Estabeleçam a vossa atenção no princípio e no fim – ou no princípio, meio e fim.
  (... continua) 
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