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Inteligência emocional

de Diogo Castelão Sousa

em 14 Abr 2024

   Para mudar o ‘sentimento de si’ é necessário desenvolver a inteligência emocional. Descobriremos, pois, neste pequeno exercício, porque não são de facto as emoções que devem ser trabalhadas para o seu desenvolvimento, mas o corpo e o pensamento, correspondentes ao plano físico e mental, que devem ser postos à prova.

É verdade que todos conhecemos a ordem dos nossos corpos. A famosa tríade físico-emocional-mental. O emocional, porém, que fica estabelecido entre ambos, é, na verdade, o corpo mais difícil a ser trabalhado, porque não é nem de ordem racional, como o pensamento, nem de ordem do tangível, como o corpo. Manifesta-se antes a partir do sistema nervoso, assumindo diversas formas que escapam ao controle consciente do eu.

A chave para a sua transformação jaz, portanto, na compreensão da ‘base’ para a sua mudança. Para que este possa adquirir um novo grau de maturidade, é necessário compreender que o emprego do controle consciente sobre este corpo é inútil, devido à sua natureza irracional e involuntária.

Consequentemente, para o desenvolvimento da inteligência emocional os nossos esforços devem recair sobre os outros dois corpos que exercem poderosa influência sobre o emocional – o físico e o mental. O corpo emocional deve ser antes trabalhado a partir dos polos sobre os quais exercemos controle direto e que, inclusive, influenciam grandemente a sua operação.

Na verdade, para desenvolver a inteligência emocional, é preciso em primeiro lugar, trabalhar o físico, desenvolvendo uma correta alimentação e estabelecendo disciplinas diárias de exercício e cuidados práticos, que permitam a manutenção regular da felicidade associada a este corpo. Quando nos referimos ao corpo físico, referimo-nos também às ações. É através das ações inspiradas, altruístas e conscientes que conseguimos contribuir para a clareza emocional.

Por outro lado, e não menos importante, através uso correto da mente, fortificamos em grande medida o plano emocional, nomeadamente adotando uma mentalidade positiva, manifestada na curadoria de pensamentos nobres e superiores. Igualmente, é através do estabelecimento de metas e objetivos que promovemos o desenvolvimento da estrutura mental, pois facultamos-lhe meios para aprimorar o seu lado racional, bem como oferecer estímulos para sublevar o seu lado intuitivo.

Sempre que estabelecemos um objetivo estamos a dar um sinal ao cérebro de evolução, para se tornar melhor do que já é, para descobrir e construir o seu próprio desenvolvimento. A definição de objetivos é deveras importante na obtenção de clareza e inteligência emocional porque dá um ‘porquê’, confere um sentido ao indivíduo para a construção do seu ‘eu’. Curiosamente, existe uma célebre frase que nos diz: “Aquele que falha em planear, planeia em falhar”.

Igualmente a meditação é um veículo que expande a inteligência emocional, porque trabalha diretamente com o mental, através de uma exploração consciente dos pensamentos, contribuindo consequentemente para um domínio de elevado grau do corpo mental.

Em suma, a inteligência emocional constrói-se e atinge-se através do correto manuseamento e manutenção destes dois corpos, dado constituírem-se como sua causa primária. Quem procura transmutar as emoções deve saber que elas são a consequência direta da saúde dos corpos físico e mental. Assim, o plano emocional não se constitui como uma causa, mas um efeito.

O corpo emocional não determina as emoções, embora sejam os restantes corpos que exercem uma influência direta na sua manifestação. Assim, aquele que domina estes corpos, domina invariavelmente o emocional. Um mental fraco e um físico débil contribuem para a geração de um emocional instável.

Neste sentido, o descontrolo emocional pode advir de causas ocultas, desta como de outras vidas. Certas ações ou pensamentos do passado podem ter despoletado futuras emoções, cuja ligação passa desconhecida à mente incauta, que não se consciencializou da origem destes acontecimentos.

Apelando a um caso concreto, no sentido da transformação emocional, diríamos que alguém pode esforçar-se por mudar um medo irresistível a algo em particular, mas não será a emoção que vai trabalhar. É o pensamento em relação à emoção. Consequentemente, proceder-se-á uma descoberta maravilhosa; que, qualquer emoção, tem a sua origem no pensamento. Qualquer estado emocional tem a sua origem numa mundivisão, numa filosofia, num parecer. Não existe emoção que não seja precedida por um estado mental. É o pensamento que define o nosso mundo, a imaginação que cria as raízes da emoção. Como tal, descobrimos que a vida é pensamento e tanto quanto o pensamento mudar, a nossa vida mudará.

A equanimidade não é possível ser obtida sem um equilíbrio entre estes dois firmes polos ou pilares.
     


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