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Eutanásia - O retrocesso na civilização

de Maria

em 20 Fev 2020

   Há uma questão fundamental que sobressai primeiramente que outras tantas em relação a este tema que poucos equacionam. Se houver uma lei que aprove o suicídio, ou obrigue alguém a matar outrem (neste caso assassínio), porque este pediu para lhe acabar com a vida, onde fica a consciência de cada um destes seres, principalmente de quem mata? Um profissional de saúde, quer médico ou enfermeiro tem como dever ético preservar a vida de um doente, mas em dada altura do percurso desse doente dá-lhe o golpe fatal para morrer. Onde fica a coerência?

Também, a partir daqui onde fica a o sistema de Justiça? Para que servem as condenações em processos judiciais, para que são as prisões se há uma lei que permite o assassínio debaixo de uma capa hipócrita de compaixão a apelar aos direitos de liberdade, mas aceitando que a criminalidade exista na sociedade? Porque se condena socialmente o crime, se nos hospitais há uma classe de profissionais que o pode fazer impunemente? Onde fica, neste caso a consciência de cada médico ou enfermeiro? Se também o suicídio é condenável sob vários aspectos, como fica esta predisposição perante a consciência de cada individuo? Afinal se tudo é permitido para que serve o Tribunal de Justiça… Ou seja, a criminalidade pode andar à solta!

Os políticos que defendem a eutanásia enchem a boca com a palavra liberdade – que qualquer ser humano é livre de decidir o destino da sua própria vida - mas esta defesa ou alibi constitui uma grande hipocrisia, porque querem convencer-nos deste argumento para justificar que qualquer um pode matar. A liberdade tão apregoada como se ainda se estivesse no século XX, na conquista de direitos sociais torna-se obsoleto, não só neste contexto como na evolução humana e espiritual. Estão agarrados ao passado das revindicações da liberdade, quando agora esta questão, não tem a ver com poder social, mas com a consciência de cada um, em prestar contas a si mesmo sobre a sua própria vida e, o que fez durante a mesma para chegar um dia a desejar a morte. Ou seja, porque desiste da vida? Que fraqueza interna psíquica e moral o faz desistir da vida? O que fez durante a mesma para diminuir a sua indolência, a fraqueza ou a maldade? Nada, e isso traduz-se por cobardia perante a vida e a morte. Esqueceu-se do aperfeiçoamento humano para evoluir inteligente e espiritualmente. É um fraco. A dor em todas as suas vertentes o esmaga!

Não sou apologista do sofrimento, mas na maior parte dos casos é psíquico, e que deve ser colmatado com a investigação sobre as suas próprias acções e pensamentos. Porque se ainda há lucidez para decidir acabar com a vida, também há capacidade mental para procurar as causas da sua desistência e, nessas confissões interiores, encontrar a luz que desprezou na sua vida dispersante, podendo nesse momento tão crucial, ela vir em sua salvação. A liberdade está no interior de cada Ser, que sem sombra de dúvidas é inviolável. As decisões são internas, portanto, não precisamos de leis para aceitar ou negar a vida; devemos sim, celebrá-la! Quem nunca olhou para outro aspecto da vida a não ser o materialista, naturalmente que é um falhado e a sua vida não tem sentido…E por causa de alguns, os outros têm de sofrer as consequências?

Outro aspecto importante é se de entre esses profissionais em que a lei obriga a acabar com a vida dos pacientes, se tem ainda interiormente violência necessária para praticar tal acto. Um ser evoluído humanamente pode não ter já índole para matar, nem uma formiga, quanto mais um ser humano…
Esta é a reflexão fundamental para quem terá de cumprir a Lei da Eutanásia.
Maria Ferreira da Silva
     


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