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Sistemas, tem a finalidade de contribuir para a divulgação das linhas de pensamento dentro das várias Religiões e Filosofias de todo o mundo, na compreensão de que todas partilham afinal uma linguagem comum.

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Misticismo

de Annie Besant

em 19 Out 2013

  Este, meus amigos é o assunto real desta palestra sobre o Brahmavidiāshrama. Devem lembrar-se do brado estimulante que parte do Kathopanishad: “Levantem-se! Despertem! Procurem os grandes Mestres e ouçam. Porque o caminho é duro de vencer, e na verdade tão estreito quanto o fio de uma navalha”. Vejamos o que realmente significa a palavra ocidental “Misticismo”. É o “Yoga” do oriente. A palavra Yoga proclama a União; a palavra Misticismo inclui, talvez, muito mais o caminho para a União do que a União em si própria. O que ela realmente significa é o Ātman no homem (aquele fragmento de Divindade) está procurando conscientemente, ser um com o universal, o “Um sem segundo”. Onde quer que se encontre alguém que está tentando caminhar pelo estreito caminho, esse alguém está buscando uma senda mais curta, mais cansativa, mais árdua, do que a senda comum da evolução.

Misticismo - ou Deus Manifestando-se como Vontade

Brahmavidyā – Sabedoria Divina


Ele não está buscando o irreal, as trevas e a morte, está buscando o Real, a Luz e a Imortalidade. E está escrito: “Quando todos os vínculos do coração forem destruídos, o homem torna-se imortal”. Na verdade ele compreende mais do que a sua imortalidade: ele compreende a sua Eternidade. Por isso, está escrito num velho livro hebraico: “ Deus criou o homem para ser imortal, e o fez para ser a imagem da Sua própria Eternidade”. A palavra!” imortal”, como a palavra “perpétuo”, pertence, por assim dizer, ao tempo. A palavra “Eternidade” significa Auto-existência, a compreensão de que somos parte do que é Um. O misticismo significa a busca do Um, e o Yoga (§) a união com o Um. Contudo, ambas são a Senda, e a Senda se funde com o Um. Há uma bela definição, num dos Upanishads, na qual se diz que “o Um, o único Um, sem distinções, emanando de si mesmo Shakti (Poder, ou Poderes) cria infinitas distinções. Nele, o Universo é dissolvido”. Ele não é Ishvara, o Senhor do universo; Ele é Brahman.

Encontramos como objectivo de todas as religiões as sendas exteriores para a procura de Deus. Há, porém, uma grande diferença entre o Místico ou Yogī, e o fanático religioso, no sentido comum da palavra. Todos os místicos concordam, fundamentalmente, enquanto as religiões são marcadas pelas diferenças. A senda do místico é uma e a mesma, não importando a que religião exterior ele possa pertencer, não importando em que religião exterior ele possa encontrar seu ponto de partida, porque a meta é a Unidade, a união do fragmento aparentemente separado com Aquele do qual veio, e do qual é inseparável. Ser místico significa afastar-se da senda comum da evolução e escalar directamente para o alto, por assim dizer, para o pico da montanha sobre a qual a Glória do Senhor reside. Assim, onde quer que encontremos místicos, eles estarão palmilhando a mesma trilha; onde quer que os encontremos, estarão em busca do mesmo objectivo; e onde quer que os encontremos estarão usando os mesmos métodos. Porque a Senda é uma, os métodos são um e o Objectivo é um.

Os métodos são os que estão integralmente expostos nos Upanishads do Hinduísmo noutros escritos dos Iluminados Rishis, os Grandes Mestres da humanidade. Eles registaram muitos pormenores, muitas condições necessárias para palmilhar a Senda. E as condições são duras: é absolutamente inútil tentar minimizá-las, ou disfarçá-las com palavras brandas ou tendências sentimentais. O homem que deseje ser um místico está, por assim dizer, desafiando a natureza exterior, dizendo que quer fazer num breve espaço de vidas o que exige milhões de anos da grande massa dos filhos dos homens. As dificuldades não podem ser compreendidas enquanto a pessoa não começa a caminhar pela Senda. Sua grandeza, sua severidade, são sempre subestimadas pelo aspirante. Ele está ansioso para avançar, e não conhece os perigos do caminho que está desafiando. Assim, para prevenir os aspirantes, é que essas condições foram registadas, a fim de que as pessoas possam compreender o que representa isso que desejam fazer, a imensidade do esforço, e as qualidades exigidas, antes que a Meta seja alcançada. Essas qualidades são as mesmas, seja onde for que se encontre o místico, entre os povos antigos e modernos. Elas não mudam. São parte da Eternidade da qual o místico está buscando compreender a si mesmo como parte. E, assim, forçosamente, elas não mudarão. Podem ver o Misticismo, se assim quiserem, como a evolução esmagada na palma da mão, e avaliar, então, algo do que terá de ser feito por aquele que tentar alcançá-lo.

Nos Sūtras de Patañjali, há cinco estágios definidos preparatórios para o Yoga. Só no último deles começa a prática do Yoga, e esses são os estágios naturais através dos quais cada ego humano se desenvolve, através dos quais esse ego deve passar, antes que possa sequer pensar em tornar-se um Místico.
  (... continua) 


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